terça-feira, 27 de julho de 2010

O seu conhecimento ou o meu conhecimento?

Estava eu lendo um livro que colocava sobre a valorização de um conhecimento em detrimento de outros como sendo algo comum durante toda a nosso percurso educacional e me deparei com uma anedota interessante e que ilustra muito bem essa questão.

... Conta-se que,ao atravessar um rio numa canoa, um filosofo perguntou ao canoeiro se este algum dia havia estudado filosofia. O canoeiro respondeu que nunca havia aprendido tal assunto. O filosófo, então, concluiu com certo desprezo sobre a sua ignorância filosófica:"O inundar e em pouco tempo estava prestes a afundar. Foi quando o canoeiro perguntou ao filósofo se este havia aprendido a nadar. O filósofo respondeu que não. Então o canoeiro respondeu: "Se eu perdi metade da minha vida por não saber filosofia, o senhor vai perder a vida inteira por não saber nadar".

Fica claro nessa histórinha a valorização do conhecimento do diferentes contextos. Como por exemplo a cultura da elite e a cultura popular. Acontece que em nossa sociedade a cultura da elite é considerada ainda a cultura superior e os individuos que apenas dominam a cultura popular precisam asceder a cultura superior senão não consegue usufluir dos benefios presentes na sociedade capitalista: bons empregos, status, bons salários e por ai vai

Como resultado, desigualdades sociais se transformando em desigualdade escolares e a negação do conhecimento que parte do fora para dentro da escola.

Talvez tudo mude quando "filósofos" aprenderem a "nadar..."

quinta-feira, 11 de março de 2010

Buzios-- Ecos da Liberdade

Qual a criança ou o adolescente que não curte um bom jogo virtual? Claro que todos esses jogos educam, alguns de forma positiva e outros nem tanto.
Mas imagine um jogo que traga o conteúdo de História de forma bem interessante, e foge daqueles joguinhos educativos tradicionais e chatos?
Um evento que aconteceu no dia 6 de Maio na Universidade Federal da Bahia e que abriu o VI Seminário de Jogos Eletrônicos, Educação e Comunicação: Construindo Novas Trilhas. trouxe através de Alexandre Santos que é formado em Desenho Industrial pela UNEB um game interessantissimo, que irá fazer com que muitos alunos se apaixonem por história.
"Buzios: Ecos da Liberdade que tem perfil adventure, trata da Revolta dos Alfaiates. Nosso objetivo é que esse tipo de ferramenta seja utilizado com uma maior frequência pelos professores no processo ensino-aprendizagem”, explicou Alexandre

A partir do dia 10 de maio o jogo estará disponível para download através da página www.comunidadesvirtuais.pro.br/buzios. Ainda este mês, membros do grupo Comunidades Virtuais vão levar o jogo a algumas escolas públicas de Salvador

Vale a pena conferir ;)

"Revolta dos Alfaiates: ontem, hoje e amanhã


O jogo visa criar um espaço de aprendizagem para o ensino da História, enfatizando a Revolta dos Alfaiates, importante movimento baiano de cunho popular. Este fato histórico é considerado o levante do fim do período colonial mais incisivo na defesa dos ideais de liberdade e igualdade dos cidadãos propagados pela Revolução Francesa, daí os inconfidentes pretenderem proclamar a República. O mais importante é que diferentes camadas da sociedade participaram do movimento, principalmente representantes de classes mais pobres e afrodescentes.


Portanto, o jogo será mais um olhar que oportunizará aos alunos a construção de conceitos, o conhecimento de cenários, ambientes, objetos e vultos históricos da época em questão, resgatando um momento da História baiana rico de fatos políticos e de lutas do povo por melhores condições de vida e trabalho.


Assim, o jogo criará situações que favoreçam a reflexão, problematização e o confronto com a realidade em que vivemos articulando com o presente e compreendendo a importância da Lei 10.639/03 para a formação social e crítica do nosso povo. É importante ressaltar que Salvador foi a primeira capital do Brasil a adotar oficialmente o ensino da cultura negra, todavia continua ostentando uma realidade onde falta respeito e valorização à etnia que corresponde à maioria de sua população pobre.


No jogo Búzios está sendo mantida a veracidade dos fatos. Bem como, aspectos relacionados a arquitetura, as paisagens, aos locais e os personagens reais deste momento histórico serão retratados com fidelidade, mesclados com elementos ficcionais para evidenciar o clima de tensão e agitação que fervilhava nas ruas de Salvador, e de outros estados que sediaram movimentos de revolta. Os alunos e professores se defrontarão com aspectos econômicos e sociais, como os anseios da classe subordinada do Brasil colonial, tendo que tomar decisões e criar estratégias para solucionar os problemas enfrentados na época, ao mesmo tempo em que poderão transpor a realidade do jogo analisando a sociedade em que vivemos.


Esperamos assim, contribuir para um efetivo envolvimento entre professores e alunos na construção de conceitos mediados pelo jogo eletrônico, de uma forma dinâmica, interativa, e problematizadora, na medida em que terão oportunidade de vivenciar, através da simulação, as ações que contribuíram para independência da Bahia, conhecendo a História e os motivos de insatisfação social que assolava o país naquele período, tendo a oportunidade de refletir sobre as condições sociais e econômicas que a população vivia, bem como terão que administrar as províncias abastecendo-as com alimentos e outros produtos, construindo novas edificações e defendendo-as dos invasores.


O jogo Búzios: ecos de liberdade dará oportunidade aos alunos e professores de vivenciar, refletir e trabalhar conteúdos históricos e fatos políticos, contribuindo para a investigação que o grupo Comunidades Virtuais vem fazendo a acerca da aprendizagem e dos games. "
(Retirado do site do jogo)
Se cada um fizesse a sua parte, muita coisa seria diferente por ai, certo? Bel Borba, um conhecido artista plástico, fez um trabalho bem legal no IBR (INSTITUTO BAIANO DE REABILITAÇÃO) com os tão conhecidos mosaicos.

Vale a pena conferir:


http://www.atarde.com.br/videos/index.jsf?id=1425668

terça-feira, 9 de março de 2010

Siga 17 regras para evitar acidentes domésticos com crianças




Nada mais natural do que uma criança que mexe em tudo, afinal explorar o ambiente à sua volta faz parte do desenvolvimento. Para que isso não vire uma tragédia, porém, é preciso que pais e responsáveis saibam que muitos dos acidentes na infância ocorrem dentro de casa e poderiam ter sido evitados com medidas simples de segurança.
Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, a maioria das quedas até os 9 anos de idade, por exemplo, se deu no lar doce lar.
Informações coletadas em unidades de urgência do Sistema Único de Saúde (SUS) de 37 cidades brasileiras mostraram que, dos 10.988 atendimentos a crianças nessa faixa etária, 5.540 (50,4%) foram provocados por quedas - sendo que a maioria, 3.838 (69%), dentro da casa das vítimas.
"É muito fácil prevenir, com hábitos que parecem óbvios e simples, mas que podem salvar vidas ou evitar que crianças vivam com sequelas de um acidente", alerta a cirurgiã pediátrica Simone de Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e membro da ONG Criança Segura (http://www.criancasegura.org.br/).
Cabe, portanto, ao adulto, garantir um ambiente seguro à criança, que nunca deve ficar sozinha em casa ou ser cuidada por outras crianças."Os pequenos aprendem com o exemplo dos pais. São eles que precisam orientar os filhos sobre precauções com a segurança dentro e fora de casa", afirma. Parecem bobos e sem importância, mas os cuidados precisam fazer parte do dia-a-dia de forma preventiva, como uma vacina.


Confira as principais orientações:
1. Instale grades ou redes de proteção nas janelas, sacadas e mezaninos.
2. Não deixe cadeiras, camas e bancos perto de janelas, pois as crianças podem escalar e se debruçar. O mesmo vale para móveis baixos perto de estantes e armários altos.
3. Instale portões de segurança no topo e pé das escadas. Se a escada for aberta, opte por redes ao longo dela.
4. Cuidado com chão liso e tapetes. Não encere o piso e providencie antiderrapantes nos tapetes para evitar escorregões. Na maioria das quedas infantis atendidas nos postos do SUS, as crianças caíram do mesmo nível, ou seja, as quedas foram causadas por tropeções, pisadas em falso ou desequilíbrios.
5. Oriente seu filho a brincar em locais seguros. Escadas, sacadas e lajes não são espaços de lazer.
6. Crianças com menos de 6 anos não devem dormir em beliches. Se não houver outro local, instale grades de proteção nas laterais.
7. O uso de andadores não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, pois pode comprometer o desenvolvimento e causar sérias quedas.
8.Quando for trocar fralda, mantenha sempre uma mão segurando o bebê. Nunca deixe um bebê sozinho em mesas, cama e outros móveis, mesmo que seja por um instante.
9. Proteja as tomadas com protetores específicos, baratos e facilmente encontrados em home centers, supermercados e lojas de produtos infantis. Além disso, oriente seu filho a não colocar o dedo na tomada, pois ele pode frequentar outros locais que não tenham a proteção. Cuidado: as queimaduras elétricas podem ser graves, expondo a criança ao risco de morte e seqüelas.
10. Não deixe o ferro de passar quente ao alcance da criança, mesmo que esteja desligado.
11. Os cabos das panelas devem ficar virados para dentro do fogão.
12. Use protetores nas portas para evitar que a criança prenda a mão ou dedos.
13. Para uma criança se afogar, bastam 2,5 cm de profundidade. Cuidado, portanto, com água em baldes e tanques, além de vasos sanitários e piscinas sem proteção adequada.
14. Teste a temperatura de alimentos líquidos e sólidos antes de oferecer à criança.
15. Antes do banho, teste a temperatura da água da banheira com a parte interna do cotovelo.
16. Nunca deixe remédios ao alcance das crianças, nem faça associação de medicamentos com balas e doces.
17. Não coloque produtos de limpeza em embalagens de alimentos e refrigerantes. A criança pode confundir e ingerir. Evite também deixá-los na parte de baixo de pias e armários.


Reportagem do site TERRA:

http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI3682538-EI1377,00-Siga+regras+para+evitar+acidentes+domesticos+com+criancas.html

imagem :http://felisbelafonseca.blogspot.com/2009/10/vectorizando-o-alheio.html

Vídeo de música ( Aquarela)

A mordida na educação infantil


É muito comum que nas escolas de educação infantil, mais especificamente nas turmas de maternal, de crianças com aproximadamente dois anos de idade; aconteçam as mordidas. Nessa idade a criança encontra-se na fase oral, do desenvolvimento da personalidade.
A criança tem o seu primeiro contato com o mundo através da boca, pelo seio materno, que lhe proporciona o prazer de saciar sua fome. Em razão dessa relação de prazer, à medida que cresce leva outras coisas à boca, como as mãos e os pés. Aos poucos vai tentando saborear outros objetos e até mesmo as pessoas, na tentativa de conhecer e descobrir melhor o mundo.
Segundo D’Andrea, a fase oral é dividida em duas etapas, a de sucção e a de mordida. Na fase da mordida “há uma tendência a destruir, morder, triturar o objeto antes de incorporá-lo”. Essa fase é dividida em duas características principais, sendo oral receptiva, quando o sujeito não passa por privações, tornando-se uma pessoa muito generosa e oral agressiva que aparece uma “tendência a odiar e destruir, a ter ciúmes da atenção que outros recebem, a nunca estar satisfeito com o que tem e a desejar que os outros não tenham algumas coisas, mesmo que não as queira para si”. É como se a pessoa quisesse se vingar das frustrações que o período de amamentação lhe causou.
A criança que morde na verdade está procurando uma forma prazerosa de se expressar com o mundo, de se descobrir dentro dele, pois nesta fase a sua libido está centrada na boca, na porção superior do trato digestivo.
“Morde não mãe, que dói”
Através desse contato, aos poucos vai percebendo várias diferenças como doce e salgado, duro e mole. E na escola, ao morder um amigo, descobre novas sensações de prazer, como em ver o susto, a reação, o choro do outro. A partir dessa sensação agradável, volta a fazer repetidamente.
As mordidas acontecem em situações de disputa por brinquedos ou quando entra uma criança nova no grupo, causando emoções como insegurança, medo da perda ou ciúmes do novato, já que a professora está com a atenção mais voltada para o mesmo. Como não consegue administrar seus sentimentos, manifesta o incômodo através da mordida.
Os pais devem ficar atentos à organização do espaço escolar, se neste existem materiais e brinquedos adequados à faixa etária das crianças e se estão em quantidades suficientes para os mesmos. A falta desses materiais, bem como a falta de planejamento e organização de atividades, deixam as crianças ociosas por longos períodos, e podem ser a causa das mordidas constantes.
Um grande problema que temos presenciado comumente entre as famílias, são os pais brincando com os filhos usando a boca, dando pequenas mordidas nos mesmos, fazendo barulhos, etc. Essas atitudes não são erradas, mas podem confundir as crianças, que reportam para outras crianças as mesmas brincadeiras, porém podendo machucá-las, já que ainda não possuem domínio da força da mandíbula. As famílias devem se conscientizar que essas brincadeiras, apesar de trazerem sentimentos positivos, podem causar atitudes de agressividade na criança, que ainda não controla seus impulsos e não sabe distinguir o certo e o errado.
A mordida na escola é uma situação constrangedora para todos os envolvidos. Os pais da criança mordedora sentem-se muito mal, ficam envergonhados, os pais da criança agredida ficam chateados com o machucado do filho e sentem-se culpados por deixarem a criança na escola. Já a escola, por sua vez, tem a difícil tarefa de mediar as relações entre as crianças e seus familiares, a fim de amenizar os sentimentos negativos da situação.
Devem criar situações para estabelecer os limites dentro da mesma, mostrando para os alunos que devem respeitar os amigos, tratá-los bem, com carinho e mostrar que a criança machucada fica triste, que chora por ter sentido dor.
Aos poucos, as crianças vão apreendendo esses conceitos e descobrindo outras formas de sentir prazer.



Por Jussara de BarrosGraduada em PedagogiaEquipe Brasil Escola

Rotina